QC WARE e Itaú Unibanco experimentam primeiros resultados de parceria
2022 - ano 2-3, era NISQ (Noisy Intermediate-Scale Quantum).
Durante quatro meses um projeto conjunto entre as equipes do Itaú Unibanco e da QC Ware, empresa de softwares e serviços quânticos, investigaram se a computação quântica poderia ajudar na retenção de clientes.
Com um algoritmo de aprendizado de máquina quântico desenvolvido pela QC Ware e dados de usuários anônimos fornecidos pelo Itaú Unibanco, o objetivo era entender melhor quais clientes provavelmente poderiam deixar o banco nos três meses consecutivos.
Utilizando métodos quânticos as equipes conseguiram melhorar a precisão, diminuir o tempo de execução em comparação com as técnicas atuais utilizadas e ainda poder continuar executando o algoritmo nos computadores clássicos e pronto para os futuros hardwares quânticos.
Assim, Itaú e QC Ware conseguiram otimizar um algoritmo quântico em máquinas clássicas.
Estas informações foram fornecidas pela QC Ware em 04/05/2022 e publicada no site de notícia CISION - PR Newswire.
Você está preparado (a) para a computação quântica? |
A pesquisa acima referida é da edição de número 30 realizada pela DELOIDE e divulgada pela FEBRABAN que utilizou como metodologia uma amostra com 24 bancos participantes, representando um total de 90% dos ativos bancários no Brasil, com dados colhidos de 34 executivos em formulário eletrônico de múltipla escolha entre os meses de novembro e dezembro de 2021.
Para nós, brasileiros e brasileiras, é muito bom quando vemos resultados de parcerias de atitudes como as do Itaú Unibanco com a QC Ware dando resultados positivos, porém, é preciso que mais bancos tomem atitudes além daquela metade interessada (50%) registrada pela pesquisa da DELOIDE que passaram a incluir a computação quântica nos planos de expansão bancária pois, são os exemplos de atitudes que abrem novas portas de esperanças em espectativas de possibilidades para que outras empresas, startups e empreendedores inovadores passem também a acreditar para investir nas tecnologias da computação quântica e assim, poder fornecer retorno positivo inclusive para o próprio banco. Pois isto tende a girar como um ciclo de benefícios fazendo decair os riscos aplicados.
Somente com atitudes conjuntas é que poderemos refletir as mesmas características nas mudanças de estratégias como as de outros bancos pelo mundo afora que já descobriram que isso (a computação quântica) "é um potencial divisor de águas, especialmente em setores como o bancário, onde algoritmos quânticos podem ser aplicados a problemas em cálculos de Valor em Risco (VAR) e otimização de volatilidade de portfólio", como escreveu James Dargan no seu artigo "11 bancos globais sondando o maravilhoso mundo das tecnologias quânticas" em 23/06/2021 no The Quantum Insider.
No artigo, Dargan aponta que estás atitudes estão sendo possíveis porquê os bancos não estão querendo ser pegos de surpresa pois, a evolução quântica atual que está em andamento no mundo é questão apenas de tempo e quem não se mexer agora neste sentido, mais tarde, sentirá as surpresas pelas dores de não o ter feito.
A lista dos onze bancos, de Dargan, revela que tais atitudes são tendências de ações não centralizadas, ao contrário, são grandes corporações bancárias e financeiras globais que passaram a implementar a computação quântica nos seus portfólios, veja só as marcas listadas e suas localizações: a multinacional PMorgan Chase, um banco de investimento norte americano; o HSBC, uma instituição multinacional britânica de serviços bancário e financeiros; BNP Paribas, um grupo bancário internacional francês; o Crédit Agricole, maior instituição financeira de cooperativa mundial; o Japan Post Bank, um banco japonês com sede em Tóquio; Citigroup, que é um banco de investimento multinacional americano; Wells Fargo, empresa multinacional americana de serviços financeiros; Barclays, banco universal multinacional britânico sediado em Londres/Inglaterra; o Royal Bank of Canadá, uma multinacional de serviços financeiros e o maior banco do Canadá por capitalização de mercado; ING Group, uma multinacional holandesa de serviços bancários e financeiros sediada em Amsterdã; e finalizando a lista o Goldman Sachs, um banco de investimento multinacional americano de Nova York.
Para fechar este cenário de atitudes bancárias dos que não ficam apenas no interesse de uma ideia vazia em tecnologias quânticas, mas que passaram a investir nela, vale lembrar a atitude de Saul Van Beurden, chefe de tecnologia do Wells Fargo que, em 2019, ao assinar o acordo com a IBM e o MIT fez a seguinte declaração: "Existem três campos na indústria. Há o campo que diz que o Quantum nunca chegará à produção. Há o grupo de pessoas que acredita que levará muito tempo antes de entrar em produção, muito tempo definido como 10 ou 15 anos, talvez mais. E há um campo que diz, bem, as coisas podem ir mais rápido. É melhor você testar e aprender e estar nisso, porque se essa onda começar a decolar pode ter um impacto revolucionário para o setor. Estamos no terceiro acampamento. Por isso nos inscrevemos. Não queremos ser o banco que se arrependerá daqui a alguns anos."
E você? Em qual dos três campos você está?
Um forte abraço e até breve.
Academia do Código Quântico |
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